Os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras de produtos industrializados de maior valor agregado, e um terço das empresas nacionais vende para esse mercado. Diante desse cenário, é fundamental reconhecer o potencial impacto das eleições presidenciais americanas na economia brasileira.
As equipes da Nuno//Fracht e da CTI acompanham atentamente a corrida presidencial nos Estados Unidos. O momento atual é marcado por intensos diálogos e acordos comerciais com os americanos, tendência que deve se intensificar, promovendo fluxos de comércio e investimento no Brasil.
As análises apontam dois cenários distintos:
- Uma vitória de Donald Trump, com sua postura protecionista e unilateral, focada no reforço da produção nacional, pode impactar negativamente a pauta e o volume das exportações brasileiras. Na importação, dependente de insumos agrícolas estrangeiros, uma possível instabilidade cambial elevaria o custo de produção das commodities, principais produtos exportados pelo Brasil em volume e que concorrem com outros mercados fornecedores.
- Por outro lado, uma vitória de Kamala Harris, com sua abordagem multilateral e foco em questões sociais e ambientais (clima, direitos humanos e sustentabilidade), poderia beneficiar o Brasil. Suas políticas alinhadas à preservação ambiental (Amazônia, energia limpa) e justiça social (melhor distribuição de renda, combate à fome e desigualdade) convergem com pautas recorrentes da sociedade brasileira.
Apesar dessas análises, o cenário político-econômico internacional permanece volátil, haja vista a intensificação dos conflitos no Oriente Médio.
As eleições presidenciais nos Estados Unidos estão marcadas para novembro de 2024 e, obviamente, eventos imprevistos podem alterar significativamente as projeções atuais.
Portanto, embora seja fundamental acompanhar de perto o desenrolar da corrida eleitoral americana, é igualmente importante que as empresas e formuladores de políticas brasileiros mantenham-se flexíveis e preparados para adaptar suas estratégias diante de possíveis reviravoltas no cenário global.
Afinal, como costuma-se dizer: a única certeza é que o imprevisível pode sempre acontecer.
Denise Alves
CEO
