Principais produtos importados no Brasil em 2023

Não restam dúvidas: 2023 tem sido um ano sem precedentes para produtos importados pelo comércio exterior brasileiro. A balança comercial registrou superávit de US$ 45,514 bilhões no primeiro semestre, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O valor representa uma alta de 32,9% em relação ao mesmo período de 2022, quando foi de US$ 34,4 bilhões. E as projeções do mercado financeiro indicam um saldo positivo de US$ 63,76 bilhões para o ano, um novo recorde.

Mas o sucesso dos produtos importados não se resume apenas ao superávit comercial.

As importações também tiveram um papel fundamental, totalizando US$ 120,6 bilhões. Vamos examinar de perto quais produtos e materiais mais desembarcaram em nossos portos durante os primeiros seis meses de 2023.

 

4. Segmento automotivo: a roda da fortuna gira

Em alta velocidade na pista da importação, o segmento automotivo brasileiro conta com um fluxo considerável de produtos importados. As partes e acessórios dos veículos vêm na liderança, somando US$ 3,7 bilhões e 3,1% do total das importações de indústria de transformação. Logo atrás, os veículos automóveis de passageiros representam 1,9% das aquisições do setor, totalizando US$ 2,2 bilhões.

Em alta velocidade na pista da importação, o segmento automotivo brasileiro conta com um fluxo considerável de produtos importados

Em alta velocidade na pista da importação, o segmento automotivo brasileiro conta com um fluxo considerável de produtos importados

3. Segmento farmacêutico e healthcare: o pilar do Brasil

A saúde não tem preço, mas tem números. Os medicamentos e produtos farmacêuticos (exceto veterinários) registram impressionantes US$ 4,2 bilhões em investimentos, respondendo por 3,5% dos produtos importados.

Os medicamentos e produtos farmacêuticos (exceto veterinários) registram impressionantes US$ 4,2 bilhões em investimentos, respondendo por 3,5% dos produtos importados.

Os medicamentos e produtos farmacêuticos (exceto veterinários) registram impressionantes US$ 4,2 bilhões em investimentos, respondendo por 3,5% dos produtos importados.

 

Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias,

o Brasil tem potencial para figurar entre os cinco maiores mercados da indústria farmacêutica mundial ainda neste ano. Com mais de 118 mil varejistas registrados no setor e quase 5 mil distribuidores de medicamentos, essa parcela da economia brasileira movimentou R$ 66 bilhões entre agosto de 2020 e julho de 2021.

Não estamos falando apenas de um tipo de consumidor, mas de uma grande variedade, que inclui hospitais, clínicas, postos de saúde, revendedores, governos, centros de distribuição de e-commerce, laboratórios e, claro, as farmácias.

Dados oficiais revelam que os cinco maiores exportadores de medicamentos para o Brasil são a China (US$ 736 milhões), EUA (US$ 580 milhões), Suíça (US$ 573 milhões), Alemanha (US$ 529 milhões) e Itália (US$ 352 milhões).

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2. Segmento maquinário: a engrenagem do progresso

Motores e máquinas não elétricos e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) somam US$ 3,1 bilhões em produtos importados, o que equivale a 2,6% das operações na indústria de transformação.

Já as máquinas e aparelhos elétricos, com US$ 1,67 bilhão importado, correspondem a 1,4% do total. Estes números refletem a necessidade do país em adquirir tecnologias e maquinários avançados, muitas vezes indisponíveis ou insuficientes no mercado interno.

Motores e máquinas não elétricos e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) somam US$ 3,1 bilhões em produtos importados, o que equivale a 2,6% das operações na indústria de transformação.

Motores e máquinas não elétricos e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) somam US$ 3,1 bilhões em produtos importados, o que equivale a 2,6% das operações na indústria de transformação.

No último mês de maio, o setor de maquinário ganhou um impulso: a redução do imposto de importação para 0% até o fim de 2025. Com o objetivo de diminuir os custos dos investimentos produtivos no Brasil e gerar empregos em diversas regiões do país, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decretou a nova medida, que incide sobre uma gama de produtos com uma alíquota média de 11%.

Este estímulo à importação surge em um momento crítico para a economia brasileira, marcada por desafios de crescimento e produtividade.

O governo espera que essa iniciativa contribua para a modernização e diversificação das indústrias brasileiras, promovendo um ambiente mais competitivo e inovador.

1. Segmento químico: óleo combustível, o rei dos hidrocarbonetos

O óleo combustível de petróleo ou de minerais betuminosos ocupa o trono entre os produtos importados, respondendo por 7,1% de todas as aquisições feitas por nossa indústria de transformação. Em termos financeiros, estamos falando de nada menos que US$ 8,6 bilhões.

O óleo combustível de petróleo ou de minerais betuminosos ocupa o trono entre os produtos importados, respondendo por 7,1% de todas as aquisições feitas por nossa indústria de transformação. Em termos financeiros, estamos falando de nada menos que US$ 8,6 bilhões.

O óleo combustível de petróleo ou de minerais betuminosos ocupa o trono entre os produtos importados, respondendo por 7,1% de todas as aquisições feitas por nossa indústria de transformação. Em termos financeiros, estamos falando de nada menos que US$ 8,6 bilhões.

A aparente contradição deste fato salta aos olhos – não seria o Brasil um dos grandes produtores de petróleo do mundo? A resposta é sim, sem dúvidas. Mas ainda precisamos importar este insumo por um motivo especial.

O petróleo não é sempre igual. Alguns são mais pesados; outros, mais leves. O leve é perfeito para fazer certos tipos de combustíveis, como gasolina, diesel e querosene de aviação.

Nossas refinarias foram construídas, principalmente, até a década de 1970. Naquela época, o petróleo leve do Oriente Médio era muito popular, então, nossas máquinas foram feitas para lidar com esse tipo de matéria-prima.

Já no final dos anos 70, desvelaram-se vastas reservas na Bacia de Campos, no litoral fluminense. O petróleo ali encontrado era de um tipo mais pesado, exigindo a adaptação das nossas refinarias.

E então, no começo do século XXI, uma nova onda de mudanças se fez necessária – desta vez, por causa do petróleo do pré-sal. Ele é mais leve do que o da Bacia de Campos, porém, mais pesado que o do Oriente Médio.

Contudo, apesar de todas as metamorfoses e da crescente produção, nossas refinarias ainda não conseguem saciar a insaciável demanda do mercado interno. Assim, continuamos a importar combustíveis e a exportar o excesso de petróleo bruto que não conseguimos refinar.