Cerca de 1.300 contêineres caem no mar anualmente, gerando preocupações ambientais e econômicas no setor de transporte marítimo, responsável por 80% do comércio global. Essas estruturas metálicas, com dimensões similares às de uma carreta de três eixos, transportam mercadorias diversas em gigantescos navios cargueiros.
Para acondicioná-los e levá-los até sua origem, enormes navios porta-contêineres são construídos, como o Algeciras, com capacidade para 24.000 TEUs, pertencente ao armador HMM (Hyundai Merchant Marine). Mesmo assim, acidentes acontecem. E como acontecem!
Contêineres ao mar!
O número de contêineres perdidos no mar atingiu o menor patamar desde 2008, quando a World Shipping Council (WSC) iniciou o levantamento anual. Em 2023, foram registradas 221 unidades perdidas, uma queda expressiva em comparação com as 661 do ano anterior, conforme aponta o relatório da entidade que representa as principais empresas de transporte marítimo internacional.
A segurança no transporte marítimo de contêineres depende de uma série de fatores críticos, incluindo embalagem, arrumação, fixação adequada e declaração precisa de peso. Essas medidas são fundamentais para proteger não apenas os navios e suas tripulações, mas também os trabalhadores portuários e o meio ambiente. A responsabilidade pela integridade dos contêineres é distribuída ao longo de toda a cadeia logística, com as transportadoras marítimas atuando diariamente juntamente aos seus parceiros para minimizar riscos e garantir o transporte seguro das cargas.
O auge dos acidentes ocorreu durante a pandemia
A pandemia provocou um aumento atípico na perda de contêineres no transporte marítimo, setor que enfrentou diversos desafios, incluindo a escassez de unidades. Em 2020, mais de três mil contêineres caíram no mar, mais que o dobro da média anual. Dois incidentes notáveis ilustram aquele período: em novembro de 2020, o navio One Apus perdeu 1.800 contêineres devido a condições meteorológicas adversas e, dois meses depois, o Maersk Essen teve cerca de 700 unidades arremessadas ao oceano durante uma tempestade na rota entre Xiamen e Los Angeles.
Como proteger-se
O seguro de carga marítimo pode oferecer cobertura para contêineres perdidos no mar, desde que o incidente esteja previsto na apólice. Três elementos fundamentais compõem essa modalidade de seguro:
- Prêmio: valor pago à seguradora pela cobertura, calculado com base em fatores como o valor da carga, rotas de transporte e natureza da mercadoria.
- Apólice: documento oficial que detalha as condições do seguro, incluindo riscos cobertos e excluídos, valores segurados, termos de indenização e prazos.
- Indenização: compensação financeira ou em serviços fornecida pela seguradora ao segurado em caso de sinistro, conforme estipulado no contrato.
Na ausência de seguro, o embarcador pode acionar o armador e o agente de cargas por meio de um “claim”. Contudo, esse processo de ressarcimento tende a ser moroso e sujeito a limitações estabelecidas por convenções internacionais.
Prejuízos vão além do aspecto econômico
A perda de contêineres no oceano representa uma grande ameaça à biodiversidade marinha, com potencial para causar danos substanciais a ecossistemas vulneráveis, como os recifes de coral. Além do impacto físico direto, há o risco de contaminação ambiental pela liberação de substâncias tóxicas presentes nas cargas. Esse cenário levanta preocupações sobre a integridade dos habitats marinhos e as possíveis repercussões econômicas para setores dependentes desses recursos naturais.
Sobre a estrutura Fracht no Brasil
Nuno, CTI e Fracht LOG são empresas especializadas no setor logístico, atendendo diversos segmentos da economia, com destaque para os setores químico, farmacêutico, de saúde e bem-estar, industrial, automotivo e de energia. Com profissionais experientes, elas facilitam processos de importação e exportação, permitindo que os clientes foquem em seus negócios.
As empresas fazem parte do prestigiado Grupo Fracht, que foi fundado na Suíça em 1955. Ele se destaca por sua ampla rede, contando com 150 escritórios distribuídos em mais de 50 países. No Brasil, o Grupo tem presença nos principais estados da Federação, garantindo uma cobertura logística compreensiva em todo o território nacional.