Neste texto, apresentaremos previsões para o comércio exterior no próximo ano. Escolhemos cinco das fontes que consideramos mais seguras e relevantes e sintetizamos seus relatórios.
Organização Mundial do Comércio (OMC)
- As trocas globais podem desacelerar dos 3,5% registrados em 2022 para apenas 1% em 2023, na esteira de múltiplas crises na economia mundial.
- Alta do Produto Interno Bruto (PIB) global de 2,8% em 2022 e de 2,3% em 2023; índices bem inferiores à previsão anterior de 3,2%.
- A diminuição da demanda de importações parece, assim, inevitável, com o comércio e a produção afetados pela guerra na Ucrânia, pelo nível do preço da energia, pela inflação e pelo aumento dos juros nos países desenvolvidos. Na Europa, a alta do custo da energia resulta numa maior pressão sobre o orçamento das famílias e no aumento dos custos no setor industrial.
- Nos EUA, o aperto na política monetária terá impacto nas despesas mais sensíveis às taxas de juros, como habitação, setor automotivo e investimento em capital fixo.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
- O cenário mundial tem piorado, tanto em termos dos dados recentes, quanto das expectativas.
- A inflação alta e persistente provocou o início de ciclos de aperto monetário nos Estados Unidos e na Europa, com discursos cada vez mais duros dos dirigentes dos bancos centrais e maiores taxas de juros esperadas.
- Adicionalmente, destacam-se o prolongamento do conflito na Ucrânia e de suas consequências econômicas; na China, os lockdowns para levar a cabo a política de “Covid zero” e a grave crise no mercado imobiliário; e a reversão das políticas fiscais expansionistas face ao recuo da pandemia e à necessidade de combater a inflação. Em consequência, as projeções de crescimento no mundo têm se reduzido de forma substancial.
Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec)
- No próximo ano, as exportações de milho pelo Brasil podem bater recordes, caso a grande safra projetada para 2022/23 se confirme. Estima-se um intervalo entre 40 milhões e 50 milhões de toneladas de embarques.
- Os embarques do cereal em 2022, que contam com uma safra recorde, deverão atingir 41 milhões de toneladas, possivelmente igualando a marca histórica de 2019.
- Por hipótese, a China poderia comprar cinco milhões de toneladas de milho do Brasil em 2023, com chineses dividindo suas principais origens entre brasileiros e americanos.
Safras & Mercado (consultoria líder do agronegócio brasileiro)
- Para a soja brasileira, a perspectiva é de uma grande safra – a maior da história –, se aproximando de 155 milhões de toneladas.
- As exportações do produto deverão totalizar 93 milhões de toneladas em 2023, acima dos 77,2 milhões indicados para 2022.
- A produção de farelo de soja deverá ser de 38,43 milhões de toneladas em 2023, subindo 2%. As exportações deverão cair 3%, para 19 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 19,4 milhões, aumentando 8%.
- A produção de óleo de soja deverá aumentar 3%, para 10,15 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,6 milhão de toneladas, com queda de 30%. O consumo interno deve subir 9%, para 8,6 milhões de toneladas.
Organização das Nações Unidas (ONU) | Banco Mundial
- O mais recente estudo do Banco Mundial alerta para o risco de uma recessão global em 2023, além de crises que podem causar danos duradouros às economias em desenvolvimento.
- O documento veio a público no final de outubro de 2022, momento em que a economia global sofria a desaceleração mais acentuada desde a década de 70, após uma recuperação pós-recessão.
- Em 2022, os bancos centrais de todo o globo aumentaram as taxas de juros em um grau de sincronicidade inédito nas últimas cinco décadas. A medida tinha – e continua tendo – o objetivo de responder à alta da inflação, que foi impulsionada pela pandemia e pela guerra da Rússia contra a Ucrânia. Os setores mais impactados são os de energia e de alimentos.
- Os aumentos nos juros podem deixar a taxa de inflação central global em cerca de 5% em 2023. É quase o dobro da média de cinco anos antes da pandemia.
- Para reduzir a inflação global a uma taxa correspondente às suas metas, os bancos centrais podem ter que aumentar as taxas de juros em 2 pontos percentuais adicionais.
Saiba mais sobre importações e exportações
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