Setor farmacêutico brasileiro registra crescimento de 62% no faturamento; veja a análise do panorama latino-americano

No epicentro da revolução farmacêutica, o Brasil e a América Latina se destacam no mapa global, impulsionados por um crescimento robusto nos últimos anos. Este artigo investiga os avanços que redefinem o setor, as expectativas para o futuro e os desafios que se apresentam no horizonte.

 

Números que impressionam

 

O Brasil está entre as dez maiores economias do mundo e os oito principais mercados farmacêuticos. Em uma ascensão meteórica, nos últimos cinco anos, o faturamento do setor saltou 62%, indo de R$ 90,5 bilhões para R$ 146,7 bilhões, conforme dados da Interfarma. 

Esse crescimento é ancorado pelo mercado institucional (isto é, governos, clínicas e hospitais), que viu uma escalada de 74,1% no período, especialmente nos segmentos de antineoplásicos e imunossupressores.

 

Uma onda de crescimento

 

O ritmo acelerado não é exclusividade brasileira. De acordo com o relatório InFigures: Latin America 2022, da PharmaBoardroom, a América Latina tem um mercado total de US$ 98 bilhões e promete ter o crescimento mais veloz do mundo nos próximos anos. 

Estimativas sugerem que o setor farmacêutico terá uma expansão anual de 10,1% entre 2021 e 2025, superando as taxas de regiões desenvolvidas e em desenvolvimento – como, por exemplo, América do Norte (3,1%), Europa (3,9%), África (6,5%), Rússia (8,9%) e subcontinente indiano (9,4%).

 

Dinâmica do mercado e consumo

 

Apesar da alta densidade demográfica, o Brasil ocupa a 32ª posição em gastos per capita com medicamentos, sugerindo um potencial de mercado ainda inexplorado.

Em 2022, os brasileiros gastaram cerca de R$ 106 bilhões em farmácias. Por pessoa, o consumo médio anual foi de US$ 123. Quem lidera o ranking são os Estados Unidos: cada americano gasta, em média, US$ 1.229 em medicamentos por ano. Outros mercados maduros são a Alemanha (US$ 884), Canadá (US$ 879), França (US$ 671), Itália (US$ 624), Reino Unido (US$ 527) e Espanha (US$ 525).

 

Importações e influências externas

 

Com 16% do total, a Alemanha encabeça as exportações de medicamentos para o Brasil. Ela é seguida pelos Estados Unidos, Suíça, China, Bélgica e Itália. Este dado ressalta uma peculiaridade: enquanto as outras indústrias geralmente são dominadas pela China, no setor farmacêutico, quem impera são os EUA e os países europeus. 

A pandemia de Covid-19 também evidenciou a dependência do Brasil em relação à importação de insumos farmacêuticos. Isso é, inclusive, uma questão de segurança nacional, sobretudo diante de crises globais que podem afetar a disponibilidade de medicamentos essenciais. 

 

Inovação e tecnologia como motores de crescimento

 

O ano de 2022 foi marcado por investimentos recordes em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que alcançaram a cifra de US$ 138 bilhões globalmente. 

O Brasil se sobressai nesse cenário por seu comprometimento com o avanço tecnológico, apesar dos entraves burocráticos. No centro dessa transformação, temos a supercomputação, biotecnologia, nanotecnologia e os avanços da Indústria 4.0 (incluindo Big Data, impressão 3D e aprendizado de máquina), que promovem uma revolução na eficiência operacional e no desenvolvimento de produtos.

 

Desafios e perspectivas futuras

 

A capacidade de moldar-se e responder às necessidades do consumidor, lançando novos produtos e soluções, é um desafio para as empresas do setor. Além disso, a relação entre compradores e vendedores está mudando, exigindo uma abordagem mais colaborativa nas negociações​​.

A pandemia favoreceu mudanças importantes, como a descentralização da produção de medicamentos. A indústria está se movendo em direção à fabricação de fluxo contínuo, que é mais automatizada, sustentável e adequada para a produção em menor escala.

 

Pontos finais

 

Se você, empresário, deseja expandir suas atividades para o âmbito da importação ou exportação de produtos farmacêuticos, saiba que nós, da Nuno//Fracht, estamos prontos para auxiliá-lo. 

Temos um profundo conhecimento técnico das exigências críticas de transporte e armazenagem dos mais diversos tipos de cargas, abarcando desde medicamentos que requerem controle rigoroso de temperatura até equipamentos de alta tecnologia destinados a grandes hospitais. Esse know-how se traduz em eficiência, segurança e conformidade, elementos fundamentais para o sucesso neste mercado.

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